domingo, 21 de agosto de 2016

Auto-mortegrafia

Às vezes, quando estou sozinha
Perco-me no vazio e no escuro do meu quarto.
É como uma erva daninha.
Que me afecta como um dardo.

Isolo-me, choro e corto-me,
E do que me serve?
De nada, pois a dor é física,
Não tanta como a psicológica,
Mas é algo que o corpo absorve.

Na escuridão, imagino…
Dor, raiva e ódio,
Pois é o que sinto.
Mas nada posso fazer contra isso.
É como uma galinha ter um pinto.

Eu quero morrer!
Não me sai da cabeça,
Uma ideia errada de todo?
Talvez… não apropriada á minha idade,
Mas é algo que existe de realidade.

Não aguento mais,
Chega.
É demasiado para a minha idade.
Não mereço pagar pelos erros dos outros.
Eu sou eu e eles são eles.

Eu quero que me deixem em paz,
É a minha vida!

(2010)


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