Hoje dei-me por mim a pensar no que escrever e lembrei-me da triste
realidade da nossa sociedade, o DESEMPREGO (que também me atinge).
Dou por mim a pensar, com tantas pessoas neste planeta, tantas
empresas, tantas funções a serem desempenhadas como é possível existir tantas
pessoas no desemprego. Uma empresa indo procurar pessoas para empregar aos
centros de emprego é como ir ao mercado, pois têm tanta diversidade (idade,
estudos, aparência, entre outros), tudo à escolha deles.
Se não fomos para a universidade, não temos estudos, se concluímos uma
licenciatura ou um mestrado, temos demasiados estudos. Já na idade, se somos
muito novos, não temos experiência, se já temos de 35 para cima, entramos numa
fase precária em que já somos vistos como velhos para trabalhar.
No que diz respeito á aparência, somos muito magros, parecemos
doentes, se somos gordinhos, somos obesos incapazes de trabalhar, seja no
atendimento ao público ou mesmo para trabalhos mais simples (não à visibilidade
das pessoas). A altura também conta, não sendo indispensável a nossa postura, a
nossa maneira de vestir e até mesmo como falamos.
Sejamos realistas, está certo que cada vez mais as máquinas estão
tirando o lugar á mão-de-obra, mas também é de salientar que a pouquíssima
oferta de trabalho que temos é uma vergonha, pois selecionam as pessoas por
tudo não sendo capazes de dar uma oportunidade de experiência aos mais novos,
tornando impossível virem a ter algum dia experiência.
É triste vermos as pessoas terem de se deslocar da sua terra para
outras á procura de trabalho, para receber às vezes ordenados baixíssimos.
Como querem que “apostemos” na natalidade se não existem condições
para comprar uma casa, para ter um trabalho seguro, para sobreviver com
condições mínimas sem emigrarmos?
É por preferirem o que não temos no nosso país que estamos como
estamos, com um índice muitíssimo alto de desemprego que tende a piorar cada
vez mais e ainda vem dizer que é possível mudar? Como? Podem dizer-nos?
Valerá a pena estudarmos anos a fio para depois não termos emprego ou
virmos a trabalhar em algo para o qual não somos qualificados?
Esta é a nossa triste realidade, REVOLTANTE!
(2016)