Para sua
vida viver.
Nada
acontece por engano
E muito
menos para sofrer.
Ao longo da
vida
Rimos e
sofremos.
Às vezes
pode não ser divertida,
Mas é graças
a isso que crescemos.
Tornamo-nos
fortes
Com os
obstáculos que aparecem.
Pois não
dependemos de meras sortes,
Mas sim do
esforço que muitos desconhecem.
Esforço de
subir na vida
E de
batalhar
Para os
nossos sonhos seguir
E um dia os
vir a alcançar.
Por vezes
batemos no fundo,
Onde nos
perdemos na escuridão,
Aparece
sempre nalgum segundo
Alguém que
nos conforta o coração.
Nem tudo é
fácil,
Nem tudo é
difícil.
É preciso
lutar pela vida,
Para não ser
perdida!
(2012)
Li casualmente o artigo” O Ser Humano” e deixei-me esvoaçar até colidir com os seus pensamentos…
ResponderExcluirSe o Ser Humano nasce para “ viver”?
O que é viver, Ana?
Existir? O que é existir? Subsistir durante um tempo efémero, com a ilusão de que se está vivo, ignorando as pequenas mortes quotidianas? Ou será viver um acumular de pequenas mortes até chegar à morte definitiva ou àquela que nos transformará em algo mais ou em qualquer coisa que justifique a passagem do aqui, do agora, dos instantes perdidos, passados, vividos?!…
Será que esse” crescer” na vida nos reencaminhará para a Luz como o Conhecimento ou para a Luz/Morte, a Luz/ Fim, a Luz/ Mistério?
O que é viver, Ana, na perspetiva de uma jovem (pergunto-lhe pela 2.ª vez)?
Passar a vida com esta ou aquela conduta (in) civilizada, conforme a cultura, repetindo ações que nos desgastam, debilitam e envelhecem?
Conviver com outros múltiplos, nossos irmãos, sem os conhecer verdadeiramente, porque isso implica saber quem é quem, com indícios certos e sem desilusões, etc.?
O que é viver, Ana? Uma ocasião para aproveitar os Momentos, antes que chegue a ocasião final?
F. Pessoa demonstrou, através da análise aos seus” eus”, que o Ser Humano não veio a este mundo para passar como uma” besta sadia” (lembra-se?), isto para dizer que ninguém nasceu apenas para procriar e morrer e deu exemplos de vários que ainda servem de modelos pelas ações vitoriosas, valentes, destemidas e sofredoras. Na sua visão, isso seria viver! Seria?
De facto, o Homem sofre, o Homem chora, o Homem aflige-se, o Homem suporta a angústia, suporta a sujeição e os obstáculos, passa pela miséria, passa pela injustiça, porque sabe não passar de um “ bicho da terra tão pequeno”( lembra-se de Camões?). Com efeito, perante essa pequenez, o que é o Ser Humano? Uma bomba prestes a explodir ou um alçapão para depósito da palha na manjedoura?
Ana, pela última vez, quem me dera saber o que é viver! Se ao menos tivesse indícios inconvertíveis de que a minha razão seria absolutamente certa?!…
(Ana, esses seus pensamentos provocam-me calafrios, provavelmente, por serem mais ou menos semelhantes aos que escreveria se tivesse a sua idade, mas não se preocupe com este comentário final nem perca tempo com estes devaneios, afinal, as dúvidas levantadas não lhe dizem respeito, antes a uma parte de mim que não se compreende a si mesma. Ponto final. Com grande estima e Amizade.
Vá escrevendo, escreva sempre, escreva mais e nunca pare de escrever, porque escrever assemelha-se a vomitar o que vai nas entranhas e isso, que pode parecer mau, faz muitíssimo bem! Até sempre!)