terça-feira, 1 de março de 2016

De passagem

Estamos cá de passagem nesta vida!
Iniciamos a jornada sem pedirmos, apenas de um mero “acidente” ou de algo sólido e firme, planeado. Depois passamos a vida à conta das decisões dos adultos, decidindo que rumo tomarmos nossa vida de infância. Crescemos tomando decisões corretas e erradas, caímos e levantamo-nos, tentando aprender com o que erramos e com aquilo que somos recompensados. Crescendo, tentamos seguir aqueles que nos fascinam, os que idolatramos. Às vezes, pensando repetir o que os colegas fazem só por ser “fixe” ou por ser dos nossos queridos ídolos. Preocupamos os mais velhos que olham por nós, não ligando aos conselhos e fazendo o que apetece!
Segue-se para a fase adulta, tomando as decisões por nós mesmos tentado já pensar no futuro, imaginando sempre em algo próspero e feliz com muito sucesso, sem por alguma vez a hipótese de dar algo errado!
Enfrentamos o mundo do desemprego, sonhando em ter um emprego bem pago, sem preocupações e em encontrar alguém que nos complete e faça feliz. Depois de encontrarmos esse alguém, “se” encontrarmos, teremos sorte, pois seria meio caminho andado, se não, parece ser uma conspiração do mundo contra nós!
Seguimos a vida contra relógio pensando que o tempo voa contra nós, fazendo todos os possíveis para tentar deixar tudo feito. Parecemos escravos do tempo, sem podermos usufruir de nada! Passamos a vida assim, nesta bagunça, sem nos darmos de conta que passamos a vida sem aproveitá-la ao máximo como deveria de ser.
Com o passar do tempo, quando começam a partir os nossos entes mais queridos é quando damo-nos mais de conta que este não pára para ninguém e que mais cedo ou mais tarde, por acidente ou causa natural, todos nós partimos um dia!
Ficamos com medo de envelhecer e acabar como os idosos sozinhos em casa ou num lar. Esperamos fielmente que haveremos de envelhecer ao lado dos nossos queridos filhos a cuidarem de nós, algo que pode ser completamente o oposto.
Assim vivemos, até ao dia em que partimos e em que deixamos os nossos parentes queridos a chorarem por nós, ou pelo menos assim pensamos.
Enfim, assim passamos a vida, como um jogo. O tabuleiro é a vida, as cartas o destino, os peões somos nós, os dados os anos e o jogador uma entidade superior a nós! Assim é a vida!

(2016)

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