Estamos cá de passagem
nesta vida!
Iniciamos a jornada
sem pedirmos, apenas de um mero “acidente” ou de algo sólido e firme, planeado.
Depois passamos a vida à conta das decisões dos adultos, decidindo que rumo
tomarmos nossa vida de infância. Crescemos tomando decisões corretas e erradas,
caímos e levantamo-nos, tentando aprender com o que erramos e com aquilo que
somos recompensados. Crescendo, tentamos seguir aqueles que nos fascinam, os
que idolatramos. Às vezes, pensando repetir o que os colegas fazem só por ser
“fixe” ou por ser dos nossos queridos ídolos. Preocupamos os mais velhos que
olham por nós, não ligando aos conselhos e fazendo o que apetece!
Segue-se para a fase
adulta, tomando as decisões por nós mesmos tentado já pensar no futuro,
imaginando sempre em algo próspero e feliz com muito sucesso, sem por alguma
vez a hipótese de dar algo errado!
Enfrentamos o mundo do
desemprego, sonhando em ter um emprego bem pago, sem preocupações e em
encontrar alguém que nos complete e faça feliz. Depois de encontrarmos esse
alguém, “se” encontrarmos, teremos sorte, pois seria meio caminho andado, se
não, parece ser uma conspiração do mundo contra nós!
Seguimos a vida contra
relógio pensando que o tempo voa contra nós, fazendo todos os possíveis para
tentar deixar tudo feito. Parecemos escravos do tempo, sem podermos usufruir de
nada! Passamos a vida assim, nesta bagunça, sem nos darmos de conta que
passamos a vida sem aproveitá-la ao máximo como deveria de ser.
Com o passar do tempo,
quando começam a partir os nossos entes mais queridos é quando damo-nos mais de
conta que este não pára para ninguém e que mais cedo ou mais tarde, por
acidente ou causa natural, todos nós partimos um dia!
Ficamos com medo de
envelhecer e acabar como os idosos sozinhos em casa ou num lar. Esperamos
fielmente que haveremos de envelhecer ao lado dos nossos queridos filhos a
cuidarem de nós, algo que pode ser completamente o oposto.
Assim vivemos, até ao
dia em que partimos e em que deixamos os nossos parentes queridos a chorarem
por nós, ou pelo menos assim pensamos.
Enfim, assim passamos
a vida, como um jogo. O tabuleiro é a vida, as cartas o destino, os peões somos
nós, os dados os anos e o jogador uma entidade superior a nós! Assim é a vida!
(2016)