Boas minha gente. Hoje
escrevo sobre aquelas saudades massacrantes que nos atacam (a nós emigrantes
que estamos longe das nossas famílias) quando menos precisamos.
Quem é que estando numa
situaçao destas diz-se ser forte o suficiente para dizer não sentir um pouco de
saudades dos seus mais amados?
Pois é minha gente, sei
que muito falo neste assunto que são as saudades daqueles que estão longe de
nós, porém é algo que de facto me afecta e muito desde que vim para longe da
minha família (sendo obrigada pelo rico estado do meu país natal).
Quem é que estando
longe (e que goste da sua família) não sente aquele aperto no peito por saber
que não pode estar junto daqueles que mais ama? Que sendo visitado/a pelas
lembranças de costumes/tradições da sua família não sente aquele aperto no
peito por saber que irá levar algum tempo a poder ter um pouco disso de volta?
Por vezes podem ser coisas bem pequenas e banais que antes nunca fariam sentido
algum para nós, mas que no momento em que nos encontramos privados destes
tornam-se autenticas relíquias das quais só queremos o modo repetição.
São pequenos momentos
que nos fazem pensar em que não demos o
devido valor a quando os tinhamos e e vimos que só depois de os perder a falta
que nos fazem e quanto nos preenchiam.
Conversas e expressões,
tradições nas alturas mais festivas do ano, os aniversários, enfim, ou apenas a
convivência em família, tudo toma um valor sentimental tão grande e poderoso
capaz de pôr-nos a chorar baba e ranho.
Quanto aos outros
emigrantes eu não sei, porém, quanto a mim, eu sei e sei o quanto sofro e me
custa quando bate as saudades loucas de casa. Custa tanto que por muitas vezes
me fazem derramar lágrimas e lágrimas sem parar acompanhadas pelo aperto no
peito.
Sim sinto saudades de
casa e dos que nela vivem e penso ser normal todos os emigrantes assim
sentirem. O que acha?
18.Dezembro.2017